Demências

Entender, cuidar e oferecer dignidade em cada fase da vida

O que é:

Demência é um termo usado para descrever um conjunto de sintomas que envolvem o declínio progressivo das funções cognitivas — como memória, atenção, linguagem, raciocínio e comportamento — interferindo na autonomia e na qualidade de vida da pessoa.

Ao contrário do que muitos pensam, demência não faz parte do envelhecimento normal, embora sua incidência aumente com a idade. A causa mais comum é a Doença de Alzheimer, mas há outras formas, como demência vascular, demência frontotemporal e demência com corpos de Lewy.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 55 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, e o Brasil acompanha esse crescimento, com estimativas que ultrapassam 1,7 milhão de casos, número que tende a dobrar nas próximas décadas com o envelhecimento da população.

Principais sintomas:

Os sintomas se instalam de forma gradual e variam conforme o tipo de demência e sua fase de evolução. Entre os mais comuns estão:

🔹 Perda de memória recente (esquecer recados, nomes, datas)
🔹 Dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia
🔹 Desorientação no tempo e espaço
🔹 Problemas de linguagem e comunicação
🔹 Alterações de humor, apatia ou agressividade
🔹 Julgamento comprometido e dificuldade de tomar decisões
🔹 Desconfiança, alucinações ou comportamentos repetitivos
🔹 Necessidade crescente de supervisão e cuidados

O diagnóstico precoce é fundamental para controlar a evolução da doença e planejar os cuidados adequados.

Tratamento e orientação especializada:

Embora as demências ainda não tenham cura, há tratamentos eficazes que ajudam a desacelerar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente e da família.

O acompanhamento especializado pode incluir:

  • Avaliação psiquiátrica e neurológica cuidadosa

  • Uso de medicamentos específicos para estabilizar os sintomas cognitivos e comportamentais

  • Terapias complementares, como estimulação cognitiva e ocupacional

  • Orientação e suporte à família e cuidadores

  • Atenção a comorbidades, como depressão, insônia ou ansiedade, que agravam o quadro

O cuidado deve ser individualizado e adaptado às necessidades de cada fase da doença.

Cuidar com empatia é promover dignidade em cada etapa da vida

Conviver com a demência pode ser desafiador — tanto para o paciente quanto para quem cuida. Mas com o acompanhamento certo, é possível oferecer acolhimento, conforto e promover autonomia dentro das possibilidades de cada pessoa.

Se você identifica sinais de perda de memória ou mudanças cognitivas em alguém próximo, não hesite em buscar ajuda especializada. Diagnóstico precoce e cuidado humanizado fazem toda a diferença no presente e no futuro.