Esquizofrenia

Entendendo o transtorno e a importância do cuidado especializado

O que é:

 A esquizofrenia é um transtorno mental grave e crônico que afeta o pensamento, as emoções, a percepção da realidade e o comportamento. Ao contrário do que muitos imaginam, não se trata de “dupla personalidade”, mas sim de uma condição que pode causar distorções na forma como a pessoa interpreta o mundo ao seu redor.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a esquizofrenia afeta aproximadamente 24 milhões de pessoas no mundo. Apesar de ser uma condição complexa, com o tratamento adequado, é possível manter estabilidade e qualidade de vida.

O início da esquizofrenia costuma ocorrer no final da adolescência ou início da vida adulta, e exige atenção multidisciplinar ao longo da vida.

Principais sintomas:

Os sintomas da esquizofrenia são divididos em três grupos principais:

🔹 Sintomas positivos (excesso de função):

  • Alucinações (principalmente auditivas, como ouvir vozes)
  • Delírios (crenças falsas, como sentir-se perseguido ou vigiado)
  • Pensamento desorganizado
  • Comportamentos agitados ou incoerentes

     

🔹 Sintomas negativos (redução de função):

  • Isolamento social
  • Redução da expressão emocional
  • Falta de motivação e interesse
  • Dificuldade de iniciar ou manter atividades

     

🔹 Sintomas cognitivos:

  • Déficits de atenção
  • Dificuldade de memória e de raciocínio
  • Comprometimento do julgamento e da tomada de decisões

 

Esses sintomas podem variar em intensidade e causar grande impacto na vida do paciente e de seus familiares.

Tratamento e orientação especializada:

 Embora a esquizofrenia não tenha cura, o tratamento contínuo é eficaz no controle dos sintomas e na melhora da qualidade de vida. Ele inclui:

  • Acompanhamento psiquiátrico regular

  • Uso de antipsicóticos de primeira ou segunda geração, ajustados conforme o perfil do paciente

  • Psicoterapia, especialmente para trabalhar habilidades sociais, autoestima e enfrentamento

  • Psicoeducação e suporte familiar, fundamentais para manter o tratamento e promover reintegração social

  • Intervenções multidisciplinares, com equipe composta por médico, psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social

O tratamento precoce e o acompanhamento contínuo são os pilares para reduzir recaídas, hospitalizações e promover autonomia.

Acolher é o primeiro passo para o cuidado

A depressão não é sinal de fraqueza, mas sim uma condição médica que pode acometer qualquer pessoa, independentemente da idade, gênero ou contexto social. Quanto antes for identificada, maiores são as chances de recuperação e retomada da qualidade de vida.

Se você se identificou com esses sintomas ou conhece alguém passando por isso, procure ajuda especializada. Cuidar da saúde mental é um passo essencial para viver com equilíbrio, autonomia e bem-estar. Você não está sozinho. A ajuda existe — e está ao seu alcance.